Centenas de pessoas se rúnem em Sinop para debater o projeto de Zoneamento

Centenas de pessoas lotaram o Parque Florestal de Sinop, para saber mais sobre o Zoneamento Socioeconômico Ecológico do Estado de Mato Grosso (ZSEE), e também debaterem com poder público sobre sugestões para o aperfeiçoamento e adequações do projeto. O vice-governador Silval Barbosa e o secretário de Estado de Planejamento e Coordenação Geral, Yenes Magalhães, estiveram no local representando o Governo do Estado e ouviram atentos aos anseios da população desta região.

De acordo com o vice-governador, a discussão sobre o Zoneamento não é algo novo, já que começou a transitar pelo governo em 1992 e em 2004, esteve na Assembleia Legislativa para votação. Porém, segundo ele, a proposta teve de ser retirada pois estava totalmente defasada e carente de atualizações. Por conta disso, o Governo do Estado contratou a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para prestar uma assessoria à equipe técnica da Seplan, que refez todo o projeto e o reenviou à AL.

A Audiência Pública foi presidida pelo Deputado Dilceu Dal'Bosco(DEM), presidente da Comissão Especial de ZSEE, estiveram presentes ainda os deputados estaduais José Riva(PP), presidente da AL/MT, Nilson Santos(PMDB), Alexandere César(PT), relator da Comissão, Airton Potuguês(PP), Mauro Lúcio(PMDB), Ademir Brunetto(PT), Carlos Brito(PDT), Mauro Savi(PR), Pedro Satélite(PPS), Adalton de Freitas(PMDB), além dos deputados federais Eliene Lima(PP) e Homero Pereira(PR) e o Senador Jayme Campos(DEM).

O presidente da Comissão Especial, deputado Dilceu Dal'Bosco, voltou a afirmar que o projeto de lei 273/2008, que discute o reordenamento territorial de Mato Grosso através do Zoneamento Socioeconômico e Ecológico – ZSEE vai sofrer adequações antes de sua aprovação na Assembléia Legislativa, prevista para o mês de julho.

“Como deputado estadual entendo a preocupação do setor produtivo, que teme ficar engessado pela proposta. Mas reafirmo que o zoneamento é indicativo, ou seja, aponta qual a melhor atividade para cada região, e até mesmo, define financiamentos para produção agrícola. Ele não é proibitivo como pensam alguns”.

O presidente alertou que, depois de sancionada pelo governo estadual, a proposta passará pela avaliação do Conselho Nacional de Zoneamento, e que por isso, as alterações apresentadas nas 15 audiências públicas deverão respeitar critérios ambientais estabelecidos pela legislação federal.

“O zoneamento é o único instrumento que Mato Grosso tem para se livrar da pressão internacional. Iremos manter nossas áreas produtivas e determinar os locais de preservação. Se isso não acontecer estaremos sujeitos a boicotes dos países estrangeiros. De nada adianta produzirmos se não tivermos mercado consumidor”, afirmou.

No uso da palavra o vereador João Batista(DEM) falou que a população da região norte está preocupada com esta indicação para criação de Unidades de Conservação. "A nossa preocupação é que teremos que pagar pelo erro dos outros, somos uma região altamente produtiva e preservamos nosso meio ambiente, haja visto que, em Cláudia por exemplo, sessenta e cinco por cento do nosso território ainda esta preservado, seja através de projetos de manejo ou APP's, o resultado desta audiência deve ser tratado com carinho pelos nossos deputados, o povo não quer a imviabilidade da região" disse o vereador.

Comentários