Dilma defende a aliados 3o mandato para projeto de Lula

As conversas que passou a ter com os partidos aliados têm como objetivo assegurar a continuidade do governo Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta terça-feira a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

Pré-candidata à Presidência da República, a ministra já teve reuniões com o PMDB, o PDT, o PRB e o PCdoB. Na noite desta terça, a cúpula do PR ofereceu um jantar à ministra.

"Vamos discutir a conjuntura nacional e como é que fica para todos nós, não uma candidatura propriamente dita, mas a nossa contribuição para fazer com que o projeto do presidente Lula tenha um terceiro mandato", afirmou Dilma a jornalistas antes de ser recebida pelos líderes do PR.

"Vamos discutir as consequências do processo que vai levar à sucessão do presidente Lula de uma ótica de como nós vamos dar continuidade ao projeto."

Dilma lembrou a proximidade que ela e o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR), têm devido ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).


"Eles (PR) são da base do governo e vamos obviamente considerar importante a participação deles (na campanha de 2010)", destacou.

Dilma evitou comentar as informações de que o PT fechou um acordo para que o PMDB, maior legenda aliada, indique o candidato a vice-presidente da sua chapa para a eleição de 2010.

"Não posso assumir uma posição dessas porque eu teria que assumir que eu sou a pessoa indicada. Eu não posso fazer isso ainda, uma vez que o PT não se reuniu para definir isso", afirmou, lembrando que o presidente do partido, deputado Ricardo Berzoini (SP), tem liberdade para fazer esse tipo de comentário.

Dilma negou que os demais partidos governistas estejam insatisfeitos com o fato de o PT priorizar uma aliança com o PMDB.

"O PR está satisfeito com o governo", respondeu.

O ministro dos Transportes, que acompanhou parte da entrevista concedida pela ministra, acrescentou: "Isso é natural. O PR, em número, é o terceiro partido da base do governo, e quer ser tratado como tal."

Perguntada sobre a afirmação que Berzoini fez à Reuters segundo a qual Dilma deixará o governo em fevereiro depois que o PT homologar sua candidatura, ela desconversou.

"Se eu for candidata, é uma possibilidade... essas coisas a gente não discute a hipótese."

(Reuters) (Reportagem de Fernando Exman)


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