Jaime "ensaia" lançar campanha antecipada

Líder do DEM estadual, o senador licenciado Jaime Campos deu uma clara demonstração, ao participar de audiência pública realizada ontem na Assembleia Legislativa, que está prestes a oficializar sua candidatura ao governo. Na defesa de Mato Grosso sobre a produção sucroalcooleira, o parlamentar fez um discurso que lembrou o tom das campanhas eleitorais. Seguindo seu estilo pontual, sem papas na língua, Jaime aproveitou para lançar novas críticas aos governos federal e estadual. Líderes dos setores produtivos de Mato Grosso aproveitaram a deixa para reforçar o nome do parlamentar como "futuro governador do Estado".

O evento, de autoria do presidente do Poder Legislativo, deputado José Riva (PP), marcou a primeira discussão sobre o Zoneamento da Cana-de-Açúcar em todo o país. A audiência contou com a presença de parlamentares da casa, de representantes do setor produtivo, da presidente do PSDB estadual, Thelma de Oliveira e ainda do deputado federal Homero Pereira (PR). Ao chamar a atenção para a urgência em se estabelecer um padrão de seguridade da produção, o senador democrata também apontou os gargalos do Estado.

Jaime criticou a posição do Estado em relação a setores como o da saúde, dando ênfase para o problema em torno da área de segurança pública. Ele foi enfático ao afirmar que as falhas na condução da política social, pelo governo do Estado, colocam Mato Grosso numa situação no mínimo delicada. "Não adianta distribuir viaturas se o homem que faz a segurança é mal remunerado", disse. O senador destacou ainda que o DEM trabalho um projeto macro para o Estado, com políticas plenas para o avanço do desenvolvimento econômico e social.

Jaime garantiu ainda, durante a audiência, que a bancada do Democratas no Senado, com 14 parlamentares, votará com Mato Grosso sobre a proposta para o zoneamento. "O Estado não pode abrir mão dessa prerrogativa. Vamos reagir porque é preciso respeitar o Pacto Federativo", acrescentou.

O projeto de Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar proíbe o plantio da cultura em 81,5% do território brasileiro, incluindo Amazônia, Pantanal e a região do Alto Rio Paraguai. Para Riva, a discussão foi o primeiro passo para a coesão da classe política na tentativa de sensibilização do governo federal.

A Gazeta

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