Mãe ajudou socialite a aplicar golpes de R$ 1 milhão

A Polícia Civil está investigando as denúncias de golpes aplicados pela falsa socialite Elaine Cristina Silva Pereira Todeschini, 32, no comércio da Grande Cuiabá. Os golpes, cujo montante é de cerca de R$ 1 milhão, tinham o auxílio e a tolerância da própria mãe da empresária, Lídia Maria da Silva.

Elaine se passava por socialite, conforme Boletim de Ocorrência registrado no Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc), no bairro Verdão. Ela foi detida na quarta-feira (10), mas foi liberada após depoimento.

De acordo com o B.O., Lídia Silva recebia as mercadorias oriundas da prática de estelionato e as guardava numa residência na Rua Professor Félix de Miranda, 154, no próprio bairro Verdão.

Por conta disso, o delegado Claudio Victor Freez pediu a prisão preventiva, bloqueio e sequestro de ativos financeiros e busca e apreensão domiciliar dos envolvidos para ressarcimento das vítimas.

A solicitação ainda depende de autorização judicial. A quadrilha, segundo a Polícia, ainda é composta pelo marido de Elaine, Leozir Roque, e um motorista de prenome Bernardo.

Pelo esquema, mãe e filha teriam tentado, sem sucesso, ludibriar as vítimas e, até mesmo, a Polícia Militar. Na quarta-feira (10), uma das vítimas, Moacir Ataides Thomann, proprietário da Nativa Jóias, deparou com a empresária no estacionamento do Supermercado Atacadão, no bairro do Porto, e a questionou sobre a falta de pagamento de jóias adquiridas na loja.

Surpreendida, a empresária, conforme depoimento do joalheiro no Cisc, implorou para que ele não revelasse a ninguém sobre o episódio e começou a tirar as jóias. Naquele momento, ela carregava três anéis, um bracelete de pingente, um par de brincos e um relógio.

A empresária estava acompanhada de uma mulher, que chamou os seguranças do Atacadão e informou, aos berros, que sua "amiga" estava sendo vítima de um sequestro. No entanto, no momento que os seguranças se aproximaram, policiais militares já estavam no local e a mulher resolveu contar a verdade: era mãe da empresária e esta não estava sendo assaltada.

Como MidiaNews revelou na quinta-feira (11), os alvos preferidos do grupo eram lojas de móveis finos, decoração, eletrodomésticos e, principalmente, de shoppings, que a empresária gostava de frequentar. Os vendedores disseram aos policiais que nunca desconfiaram de Elaine, uma vez que ela sempre se apresentava como pertencente à classe alta. A notícia foi dada em primeira mão pelo Diário de Cuiabá.

Na lista de compras feitas com cheques sem fundo estão jóias de ouro, no valor de até R$ 30 mil, pedras de granito, móveis, produtos industriais, roupas, materiais de construção e revestimento. Em depoimento à Polícia Civil, a empresária alegou que tem crédito bloqueado no valor de R$ 250 mil e que seria resultante de madeiras apreendidas pelo Ibama.

Elaine alegou que a liberação do dinheiro seria feita somente com autorização da Justiça, uma vez que já foi encaminhado um pedido de liminar. Ela prometeu, na delegacia, que, assim que a madeira for desbloqueada, terá crédito para zerar as dívidas.

Outro lado

Procurado pelo Midianews, o advogado Emerson Leandro de Campos informou que não pretende repassar informações, a pedido da família de Elaine Cristina.

Fonte: Midia News

Comentários