Mato Grosso "exporta" craques para o Brasil e o mundo

HUMBERTO FREDERICO
DA REDAÇÃO MIDIA NEWS

Fábio, Wellington, Everton, Paulo Assunção, Nilton, Diogo e Marco Aurélio. Esses jogadores montariam a base de qualquer grande clube brasileiro. No momento em que o futebol profissional do Estado é considerado um dos piores do Brasil - mal tem disputado a Série C -, certamente, tais atletas povoariam os sonhos de torcedores e cartolas.

Todos esses jogadores, no entanto, têm comum o fato de terem nascido em Mato Grosso e serem destaques nos clubes nacionais e internacionais em que jogam, atualmente.

Durante muito tempo, por sinal, Mato Grosso foi execrado do futebol brasileiro e mundial, mas, agora, é possível ver grandes craques do gramado mato-grossense protagonistas em grandes equipes do esporte mais praticado no mundo.

Fábio (Cruzeiro)

Dentre todos os jogadores citados, o mais conhecido é o goleiro Fábio, do Cruzeiro. Com passagem pelo Vasco, Fábio já atuou três vezes no gol da Seleção Brasileira.

Ele nasceu em Nobres (146 km a Médio-Norte de Cuiabá) e, neste ano, completa 30 anos. Hoje, ele é chamado carinhosamente pelos cruzeirenses de "Muralha Azul".

Wellington (Botafogo)

O zagueiro do Botafogo do Rio, Wellington, fez o gol que livrou o clube alvinegro do rebaixamento para a 2ª Divisão do Brasileiro, contra o Palmeiras, no ano passado.

Ele nasceu na capital mato-grossense, foi revelado pelo Cuiabá Esporte Clube, se transferiu para o Cruzeiro, que tem contrato com ele até 2013, e hoje está emprestado ao clube carioca. O beque também passou por todas as categorias de base da Seleção Brasileira, sendo capitão do Sub-20.

Everton (Tigres, do México)

O ex-meia do Flamengo nasceu em Nortelândia (253 km a Médio-Norte da Capital) e completa 22 anos em 2010. Everton foi muito jovem para o Paraná Clube, onde foi revelado.

Após bons jogos na Copa São Paulo de Futebol Júnior, foi convocado para a Seleção Brasileira Sub-20, que disputou o Campeonato Mundial, em 2007. Em seguida, foi contratado pelo Rubro-negro carioca, onde teve grande destaque no Campeonato Brasileiro do ano passado, ano em que o Flamengo foi campeão. Foi vendido ao Tigres, do México, por R$ 10 milhões.

Paulo Assunção (Atlético de Madrid, Espanha)

O várzea-grandense Paulo Assunção é um dos jogadores mais desconhecidos dos mato-grossenses, mas é um dos brasileiros que mais fazem sucesso na Europa, atualmente.

O volante foi revelado pelo Palmeiras em 2002, mas, após seis meses, foi vendido ao Futebol Clube do Porto, de Portugal. Em seguida, foi emprestado ao AEK, da Grécia, e voltou ao clube portugês para ser titular absoluto.

Em 2009, se transferiu ao Atlético de Madrid, e hoje é cogitado a se naturalizar português para jogar o Mundial da África do Sul. Das suas qualidades destacam-se a sua polivalência, o seu posicionamento e a sua força física.

Nilton (Vasco)

O volante apareceu no cenário nacional após marcar um golaço contra o Santos, quando ainda jogava pelo Corinthians. Dois anos depois, se transferiu para o Vasco, onde ajudou o clube carioca a voltar para a 1ª divisão e hoje é titular absoluto.

Diogo (Trindade)

O único que jogou por mais tempo em Mato Grosso e ainda busca espaço no cenário nacional. Diogo foi revelado pelo União de Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá) e foi artilheiro por três anos consecutivos do Estadual.

Em 2009, fez o gol da vitória dos rondonopolitanos sobre o Internacional, jogo que quase desclassificou o clube gaúcho da Copa do Brasil.

Neste ano, está jogando no Trindade, de Goiás, é artilheiro do campeonato e já é cobiçado pelo Goiás.

Marco Aurélio (Coritiba)

O rápido atacante do Coritiba é artilheiro do Campeonato Paranaense. Após passagens por Corinthians, União Barbarense, Vila Nova, Ituano e Bragantino, Aurélio ganhou destaque em sua passagem pelo Atlético-PR. Em seguida se transferiu para o Santos onde não foi tão feliz e depois foi jogar no Japão. Voltou ano passado ao Paraná, mas para defender as cores do maior rival do furacão, o Coritiba.

Futuro craque brasileiro é de Sinop

Ele tem contrato, salário, agenda concorrida e, até mesmo, patrocinador: tudo o que um jogador de futebol profissional tem. Mas com uma diferença: tem apenas 12 anos.

É o sinopense Jean Carlos Chera, jovem meia e camisa 10 da equipe Sub-13 do Santos, visto no clube como uma jóia, um garoto que tem tudo para se transformar num fenômeno.

Porto, de Portugal, Bochum, da Alemanha, Mallorca e Valência, ambos da Espanha, e, mais recentemente, o Milan, da Itália, são os clubes que já demonstraram interesse em levar a família Chera para a Europa.

Infelizmente, por falta de planejamento e de investimentos no futebol profissional de Mato Grosso, esses grandes craques fazem a alegria dos torcedores bem longe do Estado.

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