Bob Fernandes
Na quarta-feira, 31, num dos pré-lançamentos de sua candidatura a presidente da República, o governador José Serra deve apresentar um "programa-metas" para São Paulo 2020. Para tanto, cada secretário entregou uma lista de sugestões ao governador.
A data marcará o momento em que o governador vai deixar o cargo para se dedicar à campanha presidencial. Essa espécie de "PAC do Serra" para São Paulo virá embalado numa prestação de contas de seus pouco mais de três anos de governo. Pretende ser "arrojado e desenvolvimentista".
O programa tem motivações e objetivos claramente perceptíveis, além da intenção de mostrar algo mais "bem-amarrado" do que o PAC do governo federal. Há o cuidado de soar algo pós-Lula e não contra Lula.
Entendem os tucanos que o chamado "PAC da Dilma" é algo descoordenado e disperso, sem ter a norteá-lo um plano claro de desenvolvimento para o país. O programa a ser deixado por Serra para São Paulo pretende corrigir essa falha.
Dentro das motivações, as pesquisas qualitativas - as tais "qualis" feitas pelo governo estadual - mostram que o eleitorado percebe o governador Serra como o político que mais pensa o país, enquanto Lula seria o que mais pensa nas pessoas. Com o programa, o candidato do PSDB busca uma simbiose entre os dois atributos.
Terra
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