Assembleia planeja votar zoneamento nesta terça-feira

O deputado estadual Dilceu Dal’Bosco (DEM), presidente da comissão especial do Zoneamento Sócio Ecológico e Econômico (ZSEE), disse hoje, ao Olhar Direto, que a Assembleia Legislativa de Mato Grosso pode votar, nesta terça-feira, o substitutivo apresentado por lideranças partidárias e que altera o texto apresentado pelo relator do projeto, deputado Alexandre César (PT). “Estamos programando para que a primeira votação aconteça amanhã”, disse Dilceu.

De acordo com o deputado, nesta tarde haverá uma reunião na AL para tratar do assunto e, outra amanhã de manhã. “Se tudo correr bem nessas duas reuniões e, caso não haja pedido de vistas, o projeto entrará em votação”.

Dal’Bosco também informou da possibilidade de que, sendo votado, o projeto volte a ser analisado amanhã mesmo, já que o texto precisa ser aprovado duas vezes para ser encaminhado à sanção governamental. “Caso tudo corra dentro do planejamento, o governo do Estado deve receber o ZSEE ainda nesta semana para ser sancionado”.

O substitutivo que está em análise vem recebendo críticas de 35 organizações ligadas ao meio ambiente e ativistas apontam que áreas de preservação deixarão de ser criadas, haverá aumento nas áreas consideradas como consolidadas e que também haveria redução de áreas indígenas.

Contudo, o setor produtivo rebate dizendo que o texto apresentado por lideranças partidárias contempla a realidade do Estado. Segundo fontes ligadas ao agronegócio, as ONG’s estariam agindo por interesses comerciais ao tentar barrar o novo substitutivo.

Afirmam ainda que o projeto original foi feito em cima de estudos de 20 anos atrás, quando boa parte de Mato Grosso ainda era floresta, e hoje há atividade agrícola implantada.

Produtores denunciam que o substitutivo do relator queria criar áreas de preservação em terras onde há produção de soja consolidada, como uma proposta de criação do Parque Estadual das Castanheiras, entre os municípios de Sinop, Cláudia, Itaúba e Marcelândia. Tal parque seria criado em cima de fazendas com alta produtividade de grãos e os proprietários teriam que abandonar a atividade.

Alexandre Alves

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