Juiz nega soltar procuradora acusada de agredir filha no Rio

O juiz Guilherme Schilling Pollo Duarte, da 32ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, negou nesta quinta-feira o pedido de revogação da prisão da procuradora de Justiça aposentada Vera Lúcia de Sant'Anna Gomes. Ela é acusada de torturar uma menina de 2 anos que pretendia adotar.

A solicitação foi feita pelo advogado de defesa da procuradora, Jair Leite Pereira, alegando que a acusada não prejudica as investigações, reside em endereço fixo e não tem antecedentes criminais desfavoráveis.

Na decisão, o magistrado afirmou que o fato da procuradora ter se apresentado uma semana após da decretação de prisão não dá segurança para a libertação da acusada, "notadamente no que tange a preservação de uma isenta colheita de provas e à garantia da ordem pública".

O caso
A menina, que estava sob guarda provisória da procuradora, foi encontrada pelo Conselho Tutelar com sinais de maus-tratos na casa de Vera Lúcia em 15 de abril. Segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML), ela fora agredida desde o primeiro dia em que passou a morar com a procuradora.

Vera Lúcia se entregou hoje na 32ª Vara do Tribunal de Justiça, no Centro do Rio, e será encaminhada para o presídio feminino Bangu 8, para detentas que possuem terceiro grau. Ela estava foragida desde 5 de maio, quando o juiz decretou sua prisão preventiva. No dia 7, o advogado pediu habeas-corpus, que foi negado no dia 10. O mérito do habeas-corpus será julgado pelos desembargadores da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio na próxima semana.

A Vara de Infância, Juventude e Idoso da Comarca da Capital, condenou a procuradora a pagar o tratamento psicológico da menina. Vera Lúcia deve custear imediatamente o tratamento psicológico, em uma unidade da rede particular de saúde, no valor correspondente a 10% de seus rendimentos.

Fonte: Terra


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