Lixo Hospitalar é um assunto polêmico segundo Yanai

O lixo produzido pelas clínicas e hospitais sempre foi uma preocupação a mais para a administração hospitalar, como também para os seus colaboradores e clientes, e, mais ainda, para as comunidades vizinhas de hospitais e de aterros sanitários. O lixo hospitalar é, pois, um problema sério e de difícil solução.

O senador Jorge Yanai, como médico, há muito tem alertado para a complexidade desse problema e, em vista disso, tem acompanhado, no Senado, a tramitação do Projeto de Lei que trata desse assunto, e que legisla não só sobre os resíduos gerados pelos serviços de saúde, mas também por aqueles, tanto em estado sólido quanto em semissólido, gerados pelas mais diversas atividades: urbanas, industriais, rurais, especiais ou diferenciadas.

Porém, para o senador, o projeto tem algumas falhas quando considera os geradores de resíduos de saúde responsáveis pela coleta e destinação final desse lixo e, dessa forma, também pelos custos provenientes desse processo. Na opinião do senador, defendida em pronunciamento no Plenário do Senado, nessa quinta-feira última (17/6), o estado e os municípios devem, tendo em vista os vários e pesados impostos que o povo brasileiro paga, se responsabilizar pelo recolhimento e destinação final desse material.

A matéria é tão polêmica que ela foi um dos temas mais acessados no Portal de Notícias do site da Agência Senado tão logo foi publicada após o pronunciamento do Senador em plenário. Yanai propõe, como forma de resolver a questão, uma emenda ao Substitutivo do Projeto que deixe clara a divisão de responsabilidades, onde os geradores (clínicas, hospitais e consultórios) são responsáveis pelo gerenciamento do lixo e o Poder Público, pelo transporte e tratamento.

Para se ter uma ideia da relevância do tema, o parlamentar citou em seu discurso uma notícia publicada na imprensa, no início do mês, sobre a má administração do lixo hospitalar em plena Capital da República. Segundo a notícia, após a aprovação, há cerca de um ano, de uma lei determinando que, no Distrito Federal, o recolhimento desse lixo passaria a ser da responsabilidade de quem o produz, clínicas de um condomínio da Asa Sul, especializadas em hemodiálise, ginecologia, odontologia e ortopedia, passaram a descartar os resíduos que produzem em contêineres, em plena rua, sem os cuidados requeridos pela saúde pública. Esse fato aconteceu também em várias outras localidades do país. "É preciso que se adote uma legislação adequada para o problema e que se fiscalize o seu cumprimento ", afirma o senador.

Da redação com assessoria

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