Silval apazigua briga entre Eder e Henry e nega crise na administração

O governador Silval Barbosa (PMDB) tentou amenizar a primeira crise de sua administração causada pelos embates, via imprensa, entre os secretários da Casa Civil, Eder Moraes, e o de Saúde, Pedro Henry, e disse que já teve uma conversa com ambos para que haja harmonia no relacionamento. 

“Isso é especulação (a crise causada pelas declarações de Henry criticando a gestão do ex-governador Blairo Maggi). Não há crise e sim harmonia”, garantiu o chefe do Executivo nesta segunda-feira (17).

A troca mútua de “farpas” via imprensa tem sido acompanhada pelo peemedebista, que considera normal e defende, porém, que Henry busque corrigir as falhas apontadas na Secretaria Estadual de Saúde. 

“Se ele (Henry) falou que gastaram mal, então é para corrigir isso. Isso não vale só para o Pedro Henry, mas para todos os secretários”, afirmou, ao cobrar compromisso da equipe do primeiro escalão.

Sobre os “duros” recados mandados por Eder a Henry, Silval diz não ver o fato como “puxão de orelha”. Segundo ele, o progressista apenas está expressando sua opinião, enquanto o secretário da Casa Civil cumpre o seu papel. “Quando ele (Eder) fala algo não está puxando a orelha de ninguém”.

O clima ficou tenso após Henry, logo após ter assumido a Saúde, ter feito críticas à gestão do antecessor Augusto Amaral e, consequentemente, e de Maggi, senador eleito. Henry chegou a declarar que sua prioridade na pasta seria "tapar os ralos" por onde estariam escoando o dinheiro público.

A declaração do líder progressista, contudo, não foi bem vista por Eder, tido como “homem forte” do governo Silval Barbosa, que rebateu e pediu cautela ao “colega”. Argumentou, por meio da imprensa, ser injusto criticar a gestão de Amaral, que ocupou o cargo em um momento atípico, na época da campanha eleitoral, quando alguns recursos federais não foram repassados ao Estado.

Pollyana Araújo

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