Leitão defende reestruturação do PSDB e quer tucanos na oposição


RD NEWS


O ex-prefeito de Sinop e suplente de deputado federal Nilson Leitão (PSDB) defende que o partido tenha “posição” e não seja governista como a maioria das siglas tem preferido ser. Ele argumenta que os tucanos foram oposição ao governo Silval Barbosa (PMDB) e, em respeito aos eleitores que lhes creditaram os votos, devem manter a mesma postura. 

   Assim, conforme Leitão, poderá ser mantido o equilíbrio da democracia. “Não é uma oposição guerrilheira, mas de ideias”, pontua o tucano, que é candidato à presidência do diretório regional do PSDB, hoje sob a ex-deputada federal Thelma de oliveira. Além dele, concorrem ao posto, em 17 de abril, o deputado estadual Guilherme Maluff e o ex-secretário de Saúde de Cuiabá Luiz Soares.

    Enquanto Maluf quer ser governista, Luiz Soares, assim como Leitão, defende um posicionamento mais duro. Entende que a sigla deva ser oposição a Silval Barbosa. "Não podemos entrar numa disputa assim. Não é hora de buscar um embate com outros partidos. Temos é que nos aproximar, porque o PSDB está muito pequeno", declarou Maluf aoRDNews.
   Durante o governo Dante de Oliveira (1995/2002) a sigla era a maior de Mato Grosso. Chegou a comandar 55 prefeituras e hoje está à frente de apenas 4. Na Câmara Federal, até 31 de janeiro, o partido tinha Thelma de Oliveira, mas agora está sem representante. Também não conseguiu emplacar Antero Paes de Barros no Senado, mantendo apenas Maluf na Assembleia.
     Diante da situação, é necessário que o PSDB se reorganize e consiga motivar as bases. Para tanto, segundo Leitão, é necessário que os diretórios municipais sejam reestruturados. “Eu acredito que precisamos dar uma atenção especial aos diretórios para que eles não fiquem nas mãos de pessoas que não tem nada a ver”, ressalta. Logo em seguida, pondera que cada município precisa ter autonomia para definir os candidatos a vereador, a prefeito e vice.
    Sobre o caso específico de Cuiabá, Leitão argumenta que o prefeito Chico Galindo (PTB) foi vice de Wilson Santos (PSDB) e que, por isso, tem legitimidade para disputar a reeleição. No ano passado Wilson disputou, sem êxito, o Paiaguás. “O PSDB, entretanto, precisa estar preparado caso ele não vá à reeleição”, afirmou. A sigla conta atualmente com cerca de 27 mil filiados em todo Mato Grosso.

Patrícia Sanches


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