O desmatamento na Amazônia mato-grossense aumentou 65% quando comparados os meses de janeiro a agosto deste ano com o mesmo período do ano passado. Em 2011, o total de área devastada no Estado foi de 769,16 quilômetros quadrados nos oito primeiros meses, contra 465,25 Km2 em 2010. Porém, o corte da mata em Mato Grosso caiu 12% só no mês de agosto, em comparação com o mesmo mês no ano passado.
As informações foram divulgadas ontem pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Conforme boletim do Deter, em agosto deste ano, Mato Grosso desmatou 47,86 Km2 de floresta. No mesmo mês de 2010, a derrubada chegou a 54,85Km2. Apesar da queda, Mato Grosso ainda é o Estado que mais desmatou em 2011. Foram 769 Km2 de supressão de floresta, contra 599 de Rondônia, que ficou em segundo, e 453 do Pará, em terceiro.
Em toda na Amazônia Legal o desmatamento caiu 38% em agosto, em relação ao mesmo período de 2010, e 21% em relação a julho de 2011. De acordo com os números divulgados nesta segunda-feira pelo Inpe esse foi o menor desmatamento registrado pelo Deter para este mês e pode cair ainda mais em setembro.
Os números apurados de janeiro a julho apontam uma tendência de que o desmatamento consolidado seja menor que o de 2009/2010. Entre julho/2009 e agosto/2010 foi registrada área desmatada de 7 mil km2, inferior em 6,2% ao mesmo período de 2008/2009.
Os dados do Inpe indicam ainda que o novo perfil de desmatamento vem se firmando. Em vez da derrubada em grande escala, que predominou até a instituição do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal, em 2004, o desmate agora é em pequenas áreas.
Dos 48 municípios listados como os maiores desmatadores na Amazônia, 40 já conseguiram reduzir as taxas de desmatamento.
Comentários