Usuários de redes sociais retomam discussões sobre divisão do Estado

As mídias sociais, em especial o Facebook, estão sendo usadas para reavivar as discussões em torno da divisão do Estado pelo Araguaia.

O jornalista Leandro Nascimento,morador da região, criou uma página no Facebook para expor assuntos referentes ao tema.

Há rumores de que o deputado Dilmar Dal Bosco (DEM) e o prefeito de Querência Fernado Gorgen (PR) estejam apoiando o movimento. "Não disse que sou a favor da medida, mas defendo que o governo invista mais na região para evitar este sentimento nos moradores", aponta o democrata.



Além da página, Leandro está organizando o I Fórum sobre a divisão do Estado no Araguaia, com o nome de “Dividir para crescer. Um Araguaia Sustentável Já”, que será em Porto Alegre do Norte, em 3 de dezembro. Como apoio, o jornalista recebe diversos comentários, como é o caso de Paulo Avelar que declarou ser favorável à iniciativa. “Também apoio esta ideia. Precisamos sair do atraso arcaico que os últimos governos deste Estado vem impondo em nossa região”, escreveu.

A divisão do Estado não tem sido cogitada desde 2002, quando a bandeira perdeu força política. Essa luta começou há 17 anos, com o ex-vereador de Sinop, Waldemar Brandão. Na época, a divisão não incluía a região do Araguaia. No entanto, após abertura do projeto no Congresso Nacional, por meio de um decreto legislativo, o então deputado Silval Barbosa (PMDB) ingressou com uma emenda solicitando a inclusão do Araguaia. Na ocasião, os deputados Wellington Fagundes e Jorge Abreu apoiaram e até ajudaram a incluir a proposta no Congresso. Porém, uma lei federal derrubou o projeto.

Na condição de deputado, Silval defendia intensamente o projeto de divisão. Já como governador, ao ser questionado sobre o assunto, ele alegou não haver mais necessidade de implementar a medida. Para justificar a mudança de posicionamento, ele alega que o antecessor, Blairo Maggi, investiu em novas rodovias e reapeou as antigas, integrando as cidades de Mato Grosso.

No Pará, será realizado um plebiscito para decidir se o Estado será ou não dividido em três. Caso a proposta seja aprovada, o Estado de Tapajós terá como capital Santarém, 58% do atual território do Pará e 27 municípios. Carajás ficará com a capital Marabá, 25% do atual Pará e 39 municípios. Belém continuará sendo a capital do Pará, bem menor do que é hoje.


Kamila Arruda/RD News

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