Processo contra Luizinho no TRE faz Deucimar sonhar com cadeira na AL

A possível cassação do mandato do primeiro suplente de deputado estadual Luizinho Magalhães (PSD), investigado por compra de votos, conforme o RDNews adiantou com exclusividade, reacende o sonho do vereador por Cuiabá Deucimar Silva (PP) assumir uma cadeira na Assembeia. Assim, numa cajadada só, Deucimar não só ampliaria a sua força política no Estado, como sairia da Câmara antes do término das investigações da CPI, que apura superfaturamento de R$ 1 milhão na reforma feita pelo ex-presidente. Ele não admite publicamente, mas nos bastidores teme ser cassado pelos colegas de parlamento.


O progressista se articula para assumir a cadeira de deputado desde o ano passado. Acontece, que a relação dele com os demais vereadores ficou desgastada devido ao fato dele ter batido de frente com muitos colegas, tendo feito uma administração polêmica, marcada pela cassação dos mandatos de Ralf Leite (PRTB) e Lutero Ponce (PMDB). Na busca por uma das 24 cadeiras na Assembleia, Deucimar tem esbarrado no fato de não ter a garantia de que, ao renunciar o mandato na Câmara, terá vaga garantida graças a um esquema de rodízio e/ou a saída de um parlamentar para o staff estadual, a exemplo do que aconteceu com Luizinho.

O ex-vereador por Primavera do Leste, que teve 16.558 votos em 2010, ocupa o lugar de Carlos Azambuja, secretário estadual de Esportes e Lazer. Já Deucimar obteve o apoio de 15.781 eleitores, amargando a segunda suplência e não conseguiu convencer os deputados, eleitos por sua coligação, a formalizarem um calendário de licenças. A situação ficou pior após a criação do PSD, quando o PP passou a contar apenas com Ezequiel Fonseca no parlamento estadual.

Agora, entretanto, devido a possível decretação da perda de mandato de Luizinho, Deucimar volta nutrir o sonho. Entende, que neste caso, poderia se tornar deputado sem que seja feito um novo “arranjo” político, o que é praticamente impossível no cenário atual. O ex-vereador por Primavera do Leste é acusado de ter comprado votos no pleito de 2010 por meio de tickets de combustível. O processo tramita no TRE e deve ser julgado ainda no primeiro semestre.


Patrícia Sanches/RD News

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