Suplentes vivem incerteza; Dorner cogita acúmulo de funções de Henry

Os suplentes de deputado federal Neri Geller (PP) e Roberto Dorner (PSD) ainda não sabem se retornarão à Câmara Federal em 2012. Atuando nas vagas de Pedro Henry (PP) e Eliene Lima (PSD), licenciados dos cargos para assumir o comando das secretarias estaduais de Saúde e de Ciência e Tecnologia, respectivamente, eles dependem da volta dos titulares às pastas para voltar ao Legislativo.

Enquanto Geller se mostra conformado, Dorner, primeiro na lista de suplência, revela uma certa irritação. O problema estaria no "acúmulo de funções" de Henry, que mesmo tendo sido exonerado do Executivo, não deixou de ser influente no staff do governador Silval Barbosa (PMDB). "Respondendo como secretário, ele sempre esteve. Trabalhava três dias em Brasília e os outros três em Cuiabá. Como é um cara trabalhador, até agora ninguém achou ruim", protesta. Diante da situação, o social-democrata chega a considerar a possibilidade do progressista sequer voltar oficialmente à pasta.


Henry deixou a Câmara já na última semana de dezembro, logo após a votação do Orçamento Geral da União (OGU). Desde então vem atuando normalmente na secretaria de Saúde. O progressista trabalha, por exemplo, na elaboração do projeto de Parceria Público-Privada (PPP) para conclusão da obra do Hospital Central em Cuiabá. Além disso, tomou posse do Hospital de Alta Floresta na última segunda (2), quando a estadualização da unidade foi oficializada. Embora o secretário por direito, Vander Fernandes, ex-adjunto, estivesse na solenidade, Henry tomou à frente de toda a cerimônia.

O "apego" ao cargo não é exclusividade do progressista. Eliene também não se afastou completamente da pasta durante o período em que esteve em Brasília. O retorno dele ao staff, no entanto, é menos cogitado que o de Henry, que afirma estar aguardando apenas a volta de Silval das férias para ser novamente empossado. Acontece que o social-democrata foi cassado em 2010 e pode ser barrado pela lei da Ficha Limpa, que passou a valer também para os funcionários de primeiro escalão do Governo.

Outro motivo que pode manter Eliene em Brasília é, segundo ele, um convite para atuar numa comissão que debaterá no Congresso as questões referentes à infraestrutura do país. A decisão de aceitar ou não a proposta que lhe foi feita será tomada em conjunto com as lideranças do PSD.

RD News/ Laura Nabuco

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