Nortão: setor madeireiro é contrário ao aumento na pauta da madeira

O setor madeireiro de Mato Grosso está negociando para o governo do Estado não aumentar a pauta da madeira, que é usada como base para ser cobrado, das indústrias, o ICMS- Imposto Circulação de Mercadorias e Serviços. 

 O presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso (Sindusmad), José Eduardo Pinto, disse, ao Só Notícias, que estão sendo articuladas mobilizações políticas buscando apoio nas negociações para evitar o reajuste. O governo quer reajustar em torno de 5% os preços mínimos de madeira bruta e algumas espécies das serradas.


"Estamos sendo sufocados com as cargas tributárias e hoje qualquer aumento vai acabar excluindo algumas empresas do setor", expôs o presidente. "Com o aumento da pauta, muitas empresas vão acabar sendo excluídas do Super Simples e, com isso, perderão competitividade com (concorrentes) em outros Estado", afirmou. "Já que não teve aumento no sublimite do Super Simples, estamos tentando evitar o reajuste na pauta da madeira", afirmou. Eduardo disse também que, atualmente, o sublimite é de R$ 1,8 milhão e o ideal para o setor seria que fosse de R$ 2,4 milhões para que os madeireiros continuem vendendo a mesma quantia sem ter prejuízos.

As negociações devem ser encerradas até o final de fevereiro e o presidente do maior sindicato de indústrias madeireiras em Mato Grosso acredita que a nova pauta da madeira passe a vigorar a partir do dia 1º de março.

Conforme Só Notícias já informou, o deputado Dilmar Dal"Bosco (DEM) criticou, durante sessão da Assembleia, o governo estadual por aumentar a pauta. Afirmou que, além de sofrer com a burocracia ligada às questões ambientais, os extrativistas agora enfrentam uma alta carga tributária, perdendo a competitividade com outros estados.

A extração da Itaúba, segundo Dilmar, reflete bem a discrepância dos valores cobrados em Mato Grosso. Ele afirma que, no Estado, o metro cúbico desta espécie é 177% maior do que o praticado no Pará. "A Itaúba é vendida por R$ 240 no Pará e R$ 350 em Rondônia, enquanto em nosso estado esse valor é de R$ 665. Completamente inviável", pontuou. Outra diferença absurda apontada pelo democrata é quanto aos valores de comercialização do Ipê, que no Pará gira em torno de R$ 520 e em Rondônia R$ 600 e aqui em Mato Grosso, com a nova pauta, passará a custar R$ 1.520.

Só Notícias

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