Em 9 anos, apenas 4,7% de recursos de emendas parlamentares chegaram a MT


A liberação de verbas relacionadas às emendas parlamentares para Mato Grosso está cada vez mais difícil. Levantamento feito de 2003 a 2011 mostra que o Estado passou a ser marginalizado. Do montante destinado (R$ 2.537.768.015), somente 4,7% foram liberados nestes nove anos.

A dotação inicial apresentada pelos congressistas mato-grossenses é bem superior ao valor dos recursos aprovados. Os parlamentares apontaram nos orçamentos da União durante este período, a necessidade de ser empregado, ao menos, R$ 2.848.000,084, enquanto só foi liberado R$ 2.537.768,015 contra R$ 2.270.002,486 autorizados pelo governo federal.


Os valores apresentados pelos parlamentares não representam, necessariamente, a prioridade da população. Os congressistas atendem as principais demandas apontadas pelas lideranças ou correligionários das bases eleitorais.

Os números começam a “murchar” quando se tratam de valores empenhados, isso significa que existe alguma chance do recurso ser efetivamente liberado. Nestes nove anos, R$ 1.116.477.437 foram empenhados, sendo que R$ 1.112.800.084 liquidados e pagos apenas R$ 118.134.178.

A bancada de Mato Grosso no Congresso Nacional é formada por 11 integrantes, além de três senadores, são mais oito deputados federais. A maioria faz parte da base de sustentação da presidente Dilma Rousseff (PT).

Representam Mato Grosso os senadores Pedro Taques (PDT), Blairo Maggi (PR) e Jayme Campos (DEM) e os deputados federais Carlos Bezerra (PMDB), Juliano Rabelo (PSB), Homero Pereira (PSD), Wellington Fagundes (PR), Júlio Campos (DEM), Nilson Leitão (PSDB), Eliene Lima (PSD) e Pedro Henry (PP).

Para o orçamento que está sendo executado este ano, cada parlamentar teve o direito de indicar até 25 emendas, totalizando R$ 15 milhões. Deste valor, R$ 2 milhões devem ser empregados necessariamente na área da saúde.

A influência do parlamentar, aliada a experiência, também conta para conseguir liberar qualquer valor proposto por meio de emenda.

Noelma Oliveira

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