Firjan: Cláudia está entre os piores municípios do Brasil


O Índice Firjan mostra que 64% das cidades mato-grossenses estão em situação difícil ou crítica. Municípios como Tesouro, Rondolândia e Rosário Oeste aparecem entre os 500 piores do Brasil e os três piores de Mato Grosso, onde a liquidez pode ser considerada um problema crônico. 

Além desses três municípios, outros seis tiveram resultados desanimadores. Cláudia alcançou 0,4099 e ocupa a 128ª posição em Mato Grosso; Pedra Preta, com 0,3932, é o 129º; Dom Aquino, com 0,3767, é o 130º; Ribeirão Cascalheira, com 0,3706, é o 132°; Araguainha, com 0,3404, é o 133°; e Nova Bandeirantes, com 0,3385, é o 134°. 


De acordo com o gerente da Firjan, Guilherme Mercês, as cidades de Mato Grosso estão com dificuldades, pois grande parte está em situação fiscal difícil. 

Em comparação com 2006, Mercês explica que o Estado apresenta melhora na questão de contas públicas, contudo afirma que o problema da maioria delas é o gasto com pessoal. “O grande problema é o inchaço nas prefeituras. Os gestores estão cada vez mais comprometendo o orçamento com gastos com pessoas”. 

Apesar desse cenário, parte dos municípios de Mato Grosso foi bem avaliada, tanto que 23 deles estão entre os 500 melhores e 95 receberam conceito A de gestão fiscal. 

Um exemplo disso é Lucas do Rio Verde, que está no extremo de Cuiabá quando o assunto é administração pública. O município foi bastante elogiado pelo senador Cristovam Buarque (PDT) e recebeu conceito A com 0,8501 no IFGF. O resultado se deve a uma administração dos restos a pagar, elevado nível de investimento, elevada liquidez, baixa parcela do orçamento consumida por juros e amortização. 

Para o coordenador do Firjan, o resultado é oriundo de uma combinação de programação financeira eficiente, folha de pagamento enxuta e alto nível de investimento. 

Além de Lucas, que é a 25ª colocada no ranking nacional e 1ª no estadual, outros quatro municípios mato-grossenses foram avaliados com gestão de excelência e estão entre os 100 melhores do Brasil. São eles: Sapezal, que ocupa a 2ª colocação do ranking estadual com 0,8340 (38º brasileiro); Santa Rita do Trivelato, com 0,8055 (86º brasileiro); Nova Mutum, com 0,8048 (88º brasileiro); e Sinop, com 0,8002, e é o quinto (95º brasileiro). Todos eles, exceto Sapezal, ganharam nota máxima no IFGF. 

Ipiranga do Norte (0,7823), Água Boa (0,7769), Vila Rica (0,7683), Barra do Garças (0,7637) e Acorizal (0,7608) também apresentaram um bom desempenho. Alcançaram conceito B, de boa gestão, ocupando sexto, sétimo, oitavo, nono e décimo lugar na avaliação estadual, respectivamente. (KA)

Diário de Cuiabá

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