Lula recebe alta e deixa hospital após uma semana


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu alta médica na tarde deste domingo (11) e deixou o Hospital Sírio-Libanês por volta das 15h15. Lula saiu de carro acompanhado da mulher, a ex-primeira dama Marisa Letícia, sem falar com a imprensa. O ex-presidente havia dado entrada no hospital há uma semana, no dia 4. Foram diagnosticados dois pequenos focos de infecção, um em cada pulmão. 

Após a alta, o cardiologista Roberto Kalil Filho, um dos médicos responsáveis pelo tratamento do ex-presidente, disse em frente ao Hospital Sírio-Libanês que seu estado geral é muito bom. "Ele continua tomando antibiótico, mas está se alimentando bem, come praticamente tudo. A tendência é de que fique cada vez melhor", disse. 



O médico afirmou que o ex-presidente deve permanecer em repouso nesta semana e voltar ao trabalho na semana que vem. "Esperamos que retorne a vida normal nas próximas semanas." 

Segundo Kalil Filho, Lula ainda precisa se submeter a um exame final de controle previsto para o fim do mês. "O ex-presidente me fez vir aqui esclarecer qualquer dúvida e vocês serão informados de cada passo (do tratamento)", afirmou Kalil aos jornalistas na tarde deste domingo. 

Lula chegou a apresentar febre durante a internação, além de uma pneumonia leve. 

Os médicos disseram que a infecção pulmonar apareceu porque houve uma queda no sistema de defesa do organismo do ex-presidente. O fato é considerado normal para um paciente que enfrentou três ciclos de quimioterapia e 33 sessões de radioterapia para combater um câncer na laringe. 

Durante esta semana, as visitas chegaram a ser suspensas para que o ex-presidente usasse menos a voz. 

De acordo com o oncologista Artur Katz, exames preliminares mostraram que não há mais tumor na laringe de Lula. “Os exames feitos ontem [domingo, dia 4] não revelam presença de tumor. Entretanto, é importante frisar: esses exames não foram feitos com esse objetivo”, explicou o médico. “Ainda há muito processo inflamatório, muito inchaço, e o inchaço não permite uma avaliação adequada.”

G1

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