Curso de piscicultura gera perspectivas em Cláudia

A implantação de um projeto de criação de peixes está surgindo como excelente alternativa de produção e renda para dezenas de famílias de produtores rurais em Cláudia, região localizada ao norte de MT. As primeiras experiências, no entanto, não obtiveram sucesso. Faltavam conhecimento técnico e mão-de-obra especializada para o manejo. A solução surgiu através de uma parceria entre o Sindicato Rural de Cláudia e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, Administração Regional de Mato Grosso (Senar-MT).

Cumprindo uma de suas missões, que é de levar a formação profissional ao homem do campo, o Senar iniciou esta semana, na sede do Sindicato um curso sobre piscicultura, voltada aos chacareiros da cidade. O primeiro curso será concluído na próxima sexta-feira, e um segundo curso já está sendo mobilizado relativo ao processamento do pescado.

De acordo com o instrutor do Senar Ataíde Batista, o curso que tem duração de 40 horas, com aplicação de conteúdo teórico e prático, divididas em oito horas diárias. As turmas são formadas por aproximadamente 15 alunos, que aprendem desde as leis que regulamentam a atividade até a comercialização dos peixes. “Eles (alunos) aprendem a construir os tanques, a fazer a manutenção e a desenvolver o trabalho conforme manejo apropriado. Instruímos sobre todas as etapas necessárias para se ingressar na atividade”, disse Ataíde, enfatizando sobre a boa base que o aluno adquire para iniciar a produção.

O treinamento tem despertado enorme interesse entre os produtores, que tem participado ativamente e veem boas perspectivas para um empreendimento no futuro. Como o caso do empresário Daniel Alves, que com a chegada do curso já faz planos para começar um novo negócio, com pretensão de criar peixes. “Achei ótimo a vinda desse curso. Eu já havia até me interessado em começar a criar, mas vi exemplos que não deram certo por falta de capacitação, portanto resolvi esperar. Com a chegada desse não perdi tempo, agora já sei como criar de forma adequada”.

Do início ao fim do ciclo de produção, o tempo médio para se obter retorno, ou seja, a comercialização dos peixes, leva cerca de um ano. A construção dos reservatórios é feita de forma gradativa, a cada dois meses. Ao concluir o último tanque, os alevinos que foram depositados no primeiro já estão na fase adulta prontos para o consumo. Com este mesmo método é possível

também criar outras espécies como pintado, piraputanga e outros.

“O Senar sempre tem desenvolvido esta parceria conosco em ações de capacitação, os resultados são imediatos e com maior impacto no desenvolvimento da atividade”, disse o presidente do Sindicato Rural Eloi Muck. Segundo ele, este é o real objetivo do Senar: levar capacitação profissional para as pessoas que de fato precisam dela para se desenvolver.


Assessoria

Comentários