Horário de Verão termina neste final de semana

Em vigor desde o dia 18 de outubro de 2009, a 39ª edição do Horário de Verão previu a estimativa na redução do consumo de energia elétrica, de 4% a 5%, na demanda no horário de pico, o equivalente a cerca de 2 mil MW. Os cálculos estimados são do Operador Nacional do Sistema (NOS) de energia elétrica.
No Sudeste e Centro-Oeste, a redução na demanda de energia deve chegar a 1.790 MW, o que equivale ao consumo de uma cidade com 5 milhões de habitantes. Já na região Sul, a estimativa de redução é de 528 MW, suficiente para abastecer uma cidade de 1,5 milhão de habitantes.

O principal objetivo do Horário de Verão é a redução da demanda máxima durante o horário de pico de carga do sistema elétrico brasileiro. A mudança de comportamento dos consumidores associado com o retardo do início da utilização da iluminação pública reduz a coincidência do consumo de energia elétrica, acarretando queda do consumo nos horários de pico, ou seja, das 17 horas às 21 horas.

Além do Distrito Federal, a medida abrangeu os mesmos Estados dos últimos dois anos: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Essa abrangência é explicada pelo fato de ser possível um aproveitamento mais eficiente da luz solar nessa época do ano nesses Estados.

Desde 2008, por Decreto presidencial, o Horário de Verão foi fixado para começar no terceiro domingo de outubro e para terminar no terceiro domingo de fevereiro. Se a data coincidir com o domingo de Carnaval, a mudança se estende por mais uma semana.


HISTÓRICO

Horário de verão ou DST (Daylight Saving Time) é a prática de adiantar o relógio em uma hora. O mesmo foi Idealizado por Benjamin Franklin, em 1784, nos Estados Unidos. A intenção de Franklin era aproveitar a luz natural durante os dias mais longos do ano. No entanto, o governo americano não gostou da idéia. O primeiro País a adotar oficialmente o DST foi a Alemanha, durante a Primeira Guerra Mundial.

O objetivo do horário de verão é a economia do consumo de energia por meio do melhor aproveitamento da luz natural do dia. Assim, a prática reduz a demanda em períodos considerados como “horários de ponta” (das 17 às 21h), onde o consumo é bem maior. No Brasil, o horário de verão foi instituído pela primeira vez no verão de 1931/1932. Em 1985, depois de 18 anos sem sua instituição, a prática de adiantar os relógios em uma hora foi novamente adotada em razão da queda do nível de água nos reservatórios das hidrelétricas. Após esse período, o horário de verão passou a ocorrer em todos os anos.

Por meio do aproveitamento da luz natural, se obtém uma redução de 4% a 5% no consumo de energia elétrica, o que faz com que o País não sofra com problemas decorrentes da falta de energia. O DST se inicia no verão pelo fato de a estação ser a mais quente e a que mais provoca o aumento do consumo de eletricidade: refrigeração, condicionamento de ar, ventilação, etc.

O horário é adotado em toda a Europa, na maior parte da América do Norte e Austrália. A medida só funciona nas regiões distantes da linha do Equador, já que nesta estação os dias são mais longos e as noites mais curtas. Nas regiões próximas ao Equador, o horário de verão não traz nenhum benefício, pois os dias e as noites têm duração igual ao longo do ano.

Embora proporcione a redução do consumo, o horário de verão é visto por muitos como algo relativamente desnecessário e prejudicial à saúde, já que o mesmo altera o relógio biológico das pessoas, provocando uma mudança brusca dos ritmos do organismo humano que, normalmente, estão sincronizados entre si, seguindo uma ordem temporal interna.

Fonte: Carlos Alberto

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