Decepcionado, senador vai abandonar vida pública

O senador Gilberto Goellner (DEM) anunciou que pretende abandonar a vida pública para cuidar exclusivamente das suas empresas. Empresário do ramo do agronegócio, o democrata alegou que não tem disposição para enfrentar uma rotina de campanha eleitoral, na tentativa de ser reeleito. Sua base eleitoral é o município de Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá).


"Se gasta muito dinheiro e permanece muito tempo afastado da família e das empresas, não quero seguir neste projeto", afirmou em entrevista ao Midianews.

Por conta do bom trânsito no agronegócio, Goellner já esteve cotado para disputar a vaga de vice-governador numa chapa encabeçada pelo prefeito Wilson Santos (PSDB).

Tucanos e democratas já deram início as pesquisas que vão indicar qual deve ser o nome da coligação. Por conta da fragilidade do PSDB no interior, atrair Goellner seria também uma forma de conquistar parcela de apoio do grupo econômico ligado ao governador Blairo Maggi (PR).

No entanto, Goellner rechaçou essa possibilidade. "Tudo não passa de especulação, nunca fiz essa proposta ao DEM e ninguém do PSDB me procurou para tratar disso", garantiu.

O empresário assumiu o cargo de senador em fevereiro de 2008, em subsituição a Jonas Pinheiro, que morreu em decorrência de uma falência múltipla dos órgãos. Embora não tenha oficializado sua postura ao DEM, Goellner afirmou que, dificilmente, vai recuar da posição de abandonar a vida pública. "Tenho recebido o apoio de setores agrícolas, mas, não tenho disposição pessoal", disse.

Perfil

Natural de Não-Me-Toque (RS), Gilberto Goellner é o fundador do Grupo Sementes Girassol, que comercializa soja, arroz, feijão, gado e algodão, no Sul de Mato Grosso.

Pioneiro na exploração das culturas de soja e algodão no Centro-Oeste, Goellner migrou do Rio Grande do Sul para Minas Gerais, e, de lá, para Mato Grosso, aonde chegou em 1982. Iniciou as atividades na região da Serra Petrovina, a menos de 100 quilômetros de Rondonópolis, que concentra a sede do grupo.

Engenheiro agrônomo, investe agora no plantio de florestas de eucalipto em áreas degradadas pelas pastagens, para, no futuro, negociar créditos de carbono e vender parte da madeira para a indústria de papel e celulose.

FONTE: RAFAEL COSTA DA REDAÇÃO MÍDIA NEWS/FOTO: MÍDIA NEWS

Comentários