Os vídeos da senadora Serys Slhessarenko censurados pela comissão constituída pelo Partido dos Trabalhadores para tratar da propaganda partidária em nível regional foram disponibilizados na internet, no site YouTube. A pedido da própria senadora, a Justiça determinou que o PT se abstivesse de usar qualquer imagem gravada pela senadora. Nesta quarta-feira, o PT passa ocupar o espaço da propaganda na televisão.
Ao todo, foram gravadas três versões de mensagem para ser levado aos eleitores. No primeiro, a senadora fala sobre suas lutas em favor da ética e da honestidade e contra a discriminação e preconceito. Essa mesma versão é compartilhada com mulheres ligadas ao PT e ela conclui dizendo que foi “forjada em todas essas lutas” e exorta a resistência dizendo que tais lutas “não podem se perder nas mãos de quem deseja o poder a qualquer custo”.
Essas duas versões, sobre as lutas da senadora, foram integralmente vetadas pela comissão. A outra gravação – em que ela se apresenta como primeira mulher eleita em Mato Grosso para o Senado e primeira a ocupar a presidência do Congresso Nacional na história da República, além de ser avaliada entre os 10 melhores senadores do Brasil - foi cortada a fala, quando ela também destaca a importância da resistência contra os oportunistas que tentam solapar os avanços sociais.
Ao pedir que as gravações censuradas não fossem levadas ao ar pelo PT, Serys Slhessarenko lamentou que o que ela convencionou a chamar de perseguição por parte do presidente da sigla, deputado Carlos Abicalil. Ela lembrou que nem o PMDB, na época em que Jarbas Vasconcelos chamava vários de seus partidários de corrupto recebeu censura do partido.
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