Dilmar debate política fiscal e reflexos da CPI das PCHs

Dep. Dilmar Dal Bosco -DEM O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar a concessão das Hidrelétricas no Estado de Mato Grosso, deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM), desmentiu qualquer envolvimento da CPI das PCHs com o afastamento do secretário de Estado de Meio Ambiente, Alexander Maia.

“A CPI das PCHs nunca teve o objetivo derrubar o secretário de Meio Ambiente Alexander Maia, nosso foco era investigar as licenças expedidas pela Sema, não o secretário”, afirmou Dal’Bosco durante entrevista não programa Cidade Independente, da Rádio Cidade FM , em Cuiabá.

Dal’Bosco afirmou, no entanto, que o afastamento do coronel da PM do comando da Sema não o impede de ainda prestar esclarecimentos a CPI, e que a convocação para ouvir o agora, ex-secretário, deve entrar na pauta da próxima reunião da comissão, no dia primeiro de setembro.

"Existem irregularidades em vários processos de licenciamentos de PCHs, alguns ocorreram durante a gestão dele, por isso a necessidade de ouvi-lo. Precisamos também checar porque houveram tantas divergências entre os depoimento dos fiscais da Sema, e o engenheiro responsável pela PCH Bocaiúva”, afirmou o relator, referindo –se as denúncias do agricultor Davi Perin, quanto a irregularidades na PCH Bocaiúva, no município de Brasnorte.

Ainda sobre a Sema, o parlamentar defendeu que o novo secretário tenha um perfil técnico, e que não haja intervenção política na escolha na escolha do novo gestor. Umas das ações imediatas na secretaria, segundo Dilmar, seria a implantação de escritórios regionais.

“Noventa e cinco por cento da economia em minha região depende das licenças da Sema. Precisamos de uma pessoa que tenha habilidade, só assim acabaremos com o tráfico de influência na pasta”, afirmou Dal’Bosco.

Questionado sobre seus constantes embates com a administração do governador Silval Barbosa (PMDB), Dilmar afirmou que tratam-se apenas críticas pontuais, e que defende a permanência de seu correligionário, José Domingos Fraga, á frente da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar –Sedraf.

EVASÃO FISCAL - A política fiscal do Executivo Estadual foi duramente criticada pelo deputado Dilmar Dal’Bosco, que ressaltou a incompatibilidade entre o orçamento e a arrecadação estadual, onde a despesa teve acréscimo de 15% e a receita de apenas 6%.

Ele ressaltou ainda, a forma como a secretaria de Fazenda tem concedido incentivos fiscais a grandes empresas, em detrimentos das médias e pequenas, e os incentivos praticados por decretos e portarias, que somam R$ 1,1 bilhão.

“Sou favorável ao incentivo, mas não a renúncia fiscal feita pelo governo”, defendeu.

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