AL/MT realiza fórum itinerante para debater o setor de base florestal


O combate intensivo ao desmatamento na região norte de Mato Grosso, que há mais de 90 dias sofre  intervenção da Polícia Federal, Exército, Força Nacional e Ibama, e seu reflexo na economia daqueles municípios, que sobrevivem  basicamente do extrativismo vegetal, serão objeto de um fórum itinerante de debates promovidos pela Assembleia Legislativa.


Por iniciativa dos deputados Dilmar Dal’Bosco (DEM) e José Riva (PSD), serão realizadas três audiências públicas sequenciais  nas cidades de Marcelândia (12.09), Cláudia ( 16.09) e Colniza (19.09), onde autoridades federais, sociedade civil e empresários debaterão a problemática do setor de base florestal.

"Algumas cidades do nortão vivem em verdadeiro Estado de sítio. Enquanto o Exército Brasileiro, a Polícia Federal e a Força Nacional de Segurança gastam milhões de reais para tentar frear um desmatamento inexistente, a população sofre no bolso os reflexos dessas operações”, desabafou Dilmar.  “O legislativo precisa conhecer de perto o sofrimento daquele povo, ouvir seu clamor”, completou o presidente da Assembleia de Mato Grosso-AL/MT, deputado José Riva.  

 Além das constantes operações policiais, a morosidade e a burocratização dos órgãos ambientais (responsáveis pela emissão de licenças) também são  apontados por Dal’Bosco, como “fator preocupante” para o setor, e estarão na pauta de discussões.

Dilmar diz ainda, que o debate permeará a ausência de uma norma reguladora especifica para  o Bioma Amazônia, tendo em vista a defasagem do Código Florestal e  a falta de programas de linha de créditos e incentivos fiscais.

“Não defendemos o desmatamento ilegal, mas o trabalho autorizado, legal. Não podemos permitir que empresários abandonem  suas atividades, gerando desemprego de vários trabalhadores que laboravam no setor e desestabilizando a economia do município”, pontuou o parlamentar. 

            Todas as reuniões acontecem às 14h, na Câmara de Vereadores de cada município sede. A escolha das cidades, segundo Dilmar Dal’Bosco, deu-se em função da localização geográfica (fácil deslocamento dos municípios circunvizinhos) e da dependência econômica do setor madeireiro nesses locais.