Daltro diz que Emanuel foi grosseiro e agressivo no debate sobre licitacão

O vice-governador Chico Daltro (PSD) disparou duras críticas à postura do deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR), durante a condução dos debates em torno do projeto que autoriza e regula a licitação de todas as linhas intermunicipais de Mato Grosso. Para Daltro, o republicano foi “grosseiro e agressivo” ao misturar as discussões com questionamentos no mínimo “indelicados” sobre a atuação da presidente da Ager Márcia Vandoni. “ Enquanto deputado, ele tem liberdade de defender o projeto, mas nem por isso pode fazer esse tipo de críticas a dela. Márcia continua no mandato”, garante Daltro. O curioso é que o vice-governador esperou toda a poeira "baixar" para sair em defesa da presidente.



Durante o debate, que se intensificou no ano passado, mas só teve desfecho no último dia 27, Emanuel Pinheiro chegou a pedir a “cabeça” de Márcia, sob alegação de que havia ingerência da Ager e que os problemas enfrentados no setor eram provenientes a sua má atuação. Daltro, por sua vez, elogiou a postura da presidente “por não ter ido atrás de picuinhas, que nós não entendemos a quais interesses atendem”, ironiza o vice-governador.

Logo em seguida, o vice-governador alfineta o deputado lembrando que ele é parente de um dos donos de empresas, que hoje exploram as mais de 95 linhas existentes. “Mas isso não é um problema”, ameniza Daltro. Ainda conforme ele, atualmente 12 empresas, que têm 6 donos, atuam em Mato Grosso

Responsável pela articulação junto à Assembleia para a aprovação do projeto, que atende ao que foi assinado num Termo de Ajustamento de Conduta, junto ao Ministério Público, pelo então governador Blairo Maggi (PR), o vice-governador também rebateu a informação de que a proposta encaminhada pela agência implementaria o monopólio no Estado. Ele ressalta, inclusive, que o método escolhido pelos deputados vai restringir ainda mais o número de empresas que atuarão nos 8 mercados. “O governo não defendia monopólio e a proposta era para 8 ou mais, um número ilimitado já que consórcios poderiam participar. Agora, teremos um teto máximo de 16 empresas”, argumenta.

Patrícia Sanches e Laura Nabuco

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