Enquanto o PSD dispensa os cargos, outras siglas pressionam por espaço

Ao invés dos partidos mais afinados com o governo Silval Barbosa, como PR, PMDB, PT e PP, seguirem o exemplo do PSD e colocar os cargos à disposição para facilitar o processo de reforma do secretariado, agiram em sentido contrário. No dia seguinte ao anúncio do presidente da Assembleia José Riva sobre assinatura de uma carta ao Palácio Paiaguás, avisando que a administração, se assim entender, poderia dispensar os ocupantes de cargos comissionados indicados pela legenda recém-criada, dirigentes dos outros partidos da base entraram em ação para "abocanhar" os postos que seriam desocupados. Embora tenha autonomia para tal, o governador ficaria mais livre para agir se lideranças do arco de alianças dessem a ele mais abertura para promover as mudanças, sem pressão política. Silval, de fato, tem dito que precisa dar um "choque de gestão" e isso deve passar por algumas mudanças de comando de pastas. Curiosamente, ele não gostou da reação de Riva.


Com 7 indicações, os republicanos são os que mais possuem cargos no primeiro escalão e ainda se mostram afoitos. Querem preencher outros espaços, nem que sejam no segundo escalão. Hoje, o PR, que comandou o Estado por praticamente 7 anos com Blairo Maggi, conduz as pastas de Indústria, Comércio, Minas e Energia, com Pedro Nadaf; o Transporte e Pavimentação Urbana, sob Arnaldo Alves; o Meio Ambiente, dirigido por Vicente Falcão; a Cultura, com João Malheiros; a Logística Intermodal de Transportes, com o secretário Francisco Vuolo; e a Secopa, sob Eder de Moraes. O PR comanda ainda empresas e órgãos, como MTGás, Intermat e Detran.

O PSD de Riva está à frente das secretarias de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, com José Domingos, e Ciência e Tecnologia, com Adriano Breunig, que substitui Eliene Lima, e ainda o Centro de Processamento de Dados, sob Wilson Teixeira, o Dentinho, e conta com o vice-governador Chico Daltro. O PMDB de Silval esta à frente de cinco pastas, sendo elas Casa Civil, com José Lacerda; Trabalho e Assistência Social, sob Roseli Barbosa; Desenvolvimento do Turismo, sob Teté Bezerra; Comunicação Social, com Osmar de Carvalho; e a Cidades, com Nico Baracat.

O PT tem a Educação, com Ságuas Moraes, enquanto o PP, mesmo com a saída de Pedro Henry, conta com a Saúde, agora conduzida por Vander Fernandes, e o Esportes e Lazer; com Antonio Azambuja. Os demais postos do staff são indicações técnicas.

Romilson Dourado/RD News

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